EPISÓDIO
11 – PELA TERRA, A LUTA CONTINUARÁ
EPISODE 11 – FOR THE EARTH, THE FIGHT WILL CONTINUE
挿話十一 – 地球のためにたたかいは続ける
NO CAPÍTULO ANTERIOR DE JACOHRANGERS:
- A TRÁGICA MORTE DE SHIRA DESPERTA NOS
JACOHRANGERS UMA FÚRIA INCONTROLÁVEL, QUE TAMBÉM AUMENTA SEUS PODERES
INFINITAMENTE.
- MESMO COM A FORÇA INCRIVELMENTE AMPLIADA, OS
HERÓIS TÊM DIFICULDADES PARA DERROTAR O “FLAGELO DO UNIVERSO”, QUE ACABOU
RECUANDO POR ORDEM DE SEU IMPERADOR.
O QUE IRÁ ACONTECER?
A dor era muito intensa. Polaco, ex-Jacohranger
amarelo, irmão de Shira, chorava. Seus pais e alguns familiares também. A
geração atual de heróis lamentava e se sentia culpada. Mestre Jacoh não tinha
forças para encarar ninguém nos olhos.
- Quantas famílias não passaram ou passarão por
algo parecido por culpa do maldito Império Akkuma? – Murana perguntava a si
mesma – O que acontecerá com esta terra se falharmos?
Chairo enlouquecia só de pensar na
possibilidade de sua amada Aline também falecer nas mãos da maldita Ghitta.
Seria uma dor que ele, definitivamente, não suportaria. Daira procurava
apoiá-lo, pois sabia que o Jacohranger marrom sofria terrivelmente em silêncio.
Havia uma outra situação: quem assumiria a
liderança do grupo após o falecimento de Shira? A Jacohranger branca tinha
assumido o comando meio que naturalmente, graças à sua postura cheia de atitude
e iniciativa, e jamais havia sido questionada. Alguém teria que substituí-la. E
pelo olhar de tristeza de todos, ninguém se sentia ainda preparado para
fazê-lo.
O momento da despedida final de Shira foi
emocionante. Todos choraram copiosamente ao abraçar o caixão e dar seu último
adeus àquela que, mais que a Jacohranger branca, tinha sido amiga, irmã, filha.
Tinha sido um ser humano, com sonhos, esperanças, objetivos e um belo futuro
pela frente. Um futuro que lhe fora arrancado violentamente pelo demoníaco Império
Akkuma.
Com lágrimas a queimar o rosto, cada um dos
Jacohrangers presente jurou que aqueles desgraçados pagariam por aquilo.
Os culpados seriam punidos.
***
Mestre Jacoh deu dois dias de folga para os
jovens. Pediu a eles que fossem se divertir, passear, visitar familiares.
Enfim, tentar não pensar nas desgraças recentes. O mestre acreditava que não
ocorreriam ataques durante aquele curto período e, se houvesse, ele teria como
contatar todos imediatamente.
O único que se recusou a abandonar o quartel-general
foi Chairo. Ele não conseguia parar de pensar em Aline e passou os dois dias
pensando incessantemente em formas de resgatá-la. Também lhe passava pela
cabeça a possibilidade de assumir a liderança do grupo, pois tivera a impressão
de que o Mestre Jacoh tinha esta vontade.
Os outros três até tentaram, mas não
conseguiram parar de pensar no maldito Império Akkuma. Todos os jornais e
noticiários comentavam sobre os recentes ataques dos invasores. Era possível
notar nas ruas que o policiamento tinha sido reforçado de forma impressionante.
Uma aura de medo circundava a cidade.
Acabou que, em seus passeios individuais, os
três acabaram se encontrando por acaso no centro de Brazilian Tokyo.
- Não consigo pensar em outra coisa – disse
Murana.
- Estou com medo. Triste e com medo – respondeu
Daira.
O tímido Grey nada disse, mantendo-se apenas
cabisbaixo. Seus olhos lacrimejavam. Por sorte, não eram os únicos.
- Seremos capazes de vencer aqueles malditos? –
novamente era Murana a quebrar o silêncio.
- Espero que sim. Mas tenho medo – Daira
chorava.
Subitamente, Grey se levantou e começou a
correr. Levou algum tempo até que suas duas aliadas entenderam que se tratava
de um ataque. Era o maldito Império Akkuma outra vez.
- Jacoh Change! – os três gritaram enquanto
corriam.
Para sua surpresa, eram apenas soldados
Kardler. Vinte. Caíram rapidamente, como folhas ao vento, não oferecendo
nenhuma resistência aos heróis. Os três começaram a procurar por algum monstro,
ou algum membro do “Flagelo do universo”. Quem sabe Ghitta ou Rarpoth.
Mas não havia mais ninguém.
***
- Foi o quarto ataque que tinha apenas soldados
Kardler nos últimos três dias – disse Chairo, após voltar de mais um combate no
centro de Brazilian Tokyo.
- O que esses malditos pretendem? – Mestre
Jacoh também já tinha sua paciência esgotada.
- Estão brincando conosco!
O Jacohranger marrom e seu mestre eram os mais
exaltados. Os demais estavam irritados, mas ainda conseguiam manter certa
tranqüilidade. Aquela seria a terceira reunião que teriam sobre o que fazer com
relação a aqueles ataques. E o mais preocupante era que nenhum deles tinha
idéia de como resolver tal situação.
- Nossos radares não conseguem localizar a
origem da energia inimiga? – Chairo questionou – Se isto fosse possível, poderíamos
encontrar a base de operações deles e realizar um ataque em massa.
- Realizar um ataque em massa? – Daira ergueu a
voz – Seria suicídio.
- Alguma idéia melhor? – Chairo também se
exaltou.
- Acalmem-se os dois! – Mestre Jacoh se impôs –
Sendo ou não uma boa idéia, isso é impossível. A localização da base de
operações do Império Akkuma é protegida por uma magia que bloqueia nossos
radares.
- Voltamos à “estaca zero” – era Murana.
E assim, as horas se passaram, sem que muita
coisa fosse resolvida.
***
- Mande mais soldados Kardler – era o Imperador
– Desta vez, mande duzentos.
A ordem foi prontamente obedecida, mas ainda
havia muita dúvida sobre o motivo de tudo aquilo. O que pretendia o Imperador
com aqueles ataques inofensivos? Por que não exterminar de uma vez os heróis
com um ataque em massa? Ghitta jamais teria a ousadia de perguntar.
No entanto, foi Rarpoth quem veio a ela com a
mesma dúvida. Ambos se afastaram de seus aliados e, em uma clareira distante,
puderam debater com calma sobre o assunto.
- Só posso pensar que a intenção seja poupar
nossas forças para um ataque maior que nosso Imperador planeja lançar no futuro
– era o feiticeiro.
- Ou então, ele quer testar a força dos heróis.
- Não! Isso já foi feito. Já sabemos até onde
vão as capacidades deles.
- Então, talvez, nosso Imperador queria
cansá-los.
- Isso já é mais provável, mas ainda assim não
acredito que seja apenas isso.
Os dois confabularam mais, até serem
interrompidos pelo “flagelo do universo”.
- Apenas obedeçam nosso Imperador! – disse
Aramuki – Não tenham a presunção de querer entender seus planos ou suas
motivações. No momento oportuno, tudo ficará claro.
- É verdade que foi descoberta a existência de
um planeta cujo poder de defesa é maior que o deste aqui? – Rarpoth perguntou.
- Então é isso? – era Ghitta – Estamos poupando
nossos recursos para uma batalha maior que ainda virá?
- Não é nada disso! – gritou Misudan – Já
dissemos para não tentarem adivinhar as coisas. Apenas obedeçam as ordens do
Imperador.
A conversa acabou se encerrando. Rarpoth
meditou muito sobre aquilo. Não demorou a chegarem as notícias de que os
duzentos Kardler tinham sido vencidos facilmente pelos Jacohrangers.
“Obedecer as ordens do Imperador”.
***
- Uma mensagem codificada para você, Chairo! –
Daira avisou o amigo – É Ghitta dizendo pretender matar Aline.
つづく
NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE JACOHRANGERS:
Os Jacohrangers enfrentam mais uma emboscada
organizada por Ghitta. Chairo a desafia para a batalha derradeira. Quem
vencerá? Não percam no próximo domingo:
EPISÓDIO 12 – CHAIRO CONTRA GHITTA